Apego emocional aos objetos.
Os objetos carregam uma história, lembranças, emoções e crenças. Por isso, muitas vezes não
conseguimos nos desfazer deles.
Guardar alguns objetos de valor afetivo é perfeitamente natural entre todos nós. Essa prática
passa a ser um problema quando decidimos guardar variados e incontáveis objetos.
Mas por que nos apegamos tanto aos objetos?
Os objetos carregam nossas escolhas, escolhas que fizemos no passado que nos
proporcionaram tanto o bem quanto o mal. Muitas dessas escolhas estão relacionadas a
experiências marcantes em nossas vidas, principalmente na infância e adolescência. Além
disso, fazemos escolhas baseados no que acreditamos ser importante. Às vezes, livrar-se de
uma roupa “velha” pode significar livrar-se de uma parte de si mesmo ou de uma época que se
viveu. Em razão dessas escolhas, das emoções e das crenças, algumas pessoas desenvolvem
um apego excessivo aos seus objetos.
O ponto preocupante ocorre quando a pessoa condiciona a própria felicidade ou realização
pessoal e profissional à presença daquele objeto.
Depois de saber o motivo de as pessoas acharem tão difícil desapegar-se dos objetos, nos fazemos uma pergunta: como lidar com o apego emocional aos objetos?
O primeiro passo para uma pessoa que deseja enfrentar seus apegos e modificar sua relação
com os objetos é compreender claramente que há uma dependência desses objetos. O
segundo passo é ter certeza que está disposta a modificar seu comportamento. O terceiro
passo é refletir se consegue fazer isso sozinha ou se precisa de ajuda profissional. Finalmente,
o próximo passo é agir.
Para te ajudar a dar o primeiro passo, ou seja, para identificar se está apegado aos objetos,
trouxe aqui algumas perguntas que deve fazer a si mesmo.
Pergunte-se:
1- Fico imaginando que não conseguirei ser feliz sem esse objeto por perto?
2- Eu mantenho esse objeto para me lembrar de factos ou pessoas positivas de minha vida?
3- Esses objetos preenchem algum vazio? Acredito que esses objetos ajudam a me sentir
melhor?
4- Só de pensar em me desfazer desse objeto me sinto mal?
5- Tenho medo de desfazer-me desse objeto e precisar dele um dia?
6- Tenho tanto apego aos objetos que minha casa está ficando lotada?
Após responder essas perguntas e refletir sobre sua relação com os objetos e sobre como isso
afeta seu dia a dia, passe para o segundo passo e caminhe em direção ao desapego. Olhe para
os seus objetos de maneira que você se reconheça neles, mas que não seja escravo deles para
viver a sua vida de forma plena e feliz.
Lembre- se sempre: os objetos foram feitos para serem usados e não para nos prender.
Vanessa Tagliari.
Consultora em Organização.
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