Os objetos são muito mais simbólicos do que funcionais, eles carregam histórias, lembranças e emoções.
Guardar alguns objetos de valor afetivo é perfeitamente natural entre todos nos e isso é perfeitamente aceitável, esta prática passa a ser um problema quando decidimos guardar variados e incontáveis objetos.
Mas por que nos apegamos tanto aos objetos?
Os objetos carregam nossas escolhas, escolhas que fizemos no passado que nos proporcionaram tanto bem quanto mal e por isso é tao difícil desfazer-se deles, tem haver com experiências marcantes em nossas vidas, principalmente na infância e adolescência.
As vezes livrar-se de uma roupa “velha” pode significar livrar-se de uma parte de si mesmo ou de uma época que se viveu, e então as coisas misturam-se a acabam em acúmulo.
Nem toda pessoa que acumula está afetado pelo transtorno de acumulação, (leia os artigos disponíveis no blog), algumas pessoas acumulam seus pertences por outros e variados motivos como o apego emocional a pertences que fizeram parte de suas vidas, o ponto preocupante ocorre quando se condiciona a própria felicidade ou realização pessoal ou profissional pela presença daquele objeto.
Como lidar com o apego emocional aos objetos?
Reconhecer que a dependência emocional desses objetos ultrapassa a barreira do normal e aceitável. Compreender claramente que há uma dependência desses objetos é o primeiro passo para trabalhar o desapego.
Algumas perguntas podem nos ajudar a fazer essa identificação:
Pergunte a si próprio o que o apego emocional a estes objetos está proporcionando para a sua vida, como isso afeta o seu dia a dia.
Pergunte-se:
1- eu deposito a minha alegria no facto de ter esse objeto por perto?
2- Eu realmente preciso manter isso para me lembrar de factos positivos de minha vida?
3- Esses objetos preenchem algum vazio? qual?
4- A minha vida seria mais organizada se eu não tivesse tantos objetos?
“Casa arrumada é assim: um espaço organizado, limpo com espaço livre para a circulação e uma boa entrada de luz.
Mas casa tem que ter cara de casa e não de centro cirúrgico ou cenário de novela, tem gente que gasta muito tempo limpando, arrumando, ajeitando almofadas ajeitando os moveis.
Não, eu prefiro viver em uma casa onde eu bata o olho e percebo logo AQUI TEM VIDA.
Casa com vida é aquela onde os livros saem das prateleiras, os enfeites brincam de trocar de lugar.
Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.
Arrume sua casa todos os dias, mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo para viver nela e reconhecer nela o seu lugar.”
Carlos Drummond De Andrade.
Olhe para os seus objetos de maneira que você se reconheça neles, mas que não seja escravo deles para viver a sua vida de forma plena e feliz.
Os objetos foram feitos para serem usados e não para nos prender.
Vanessa Tagliari.
Organizadora Profissional.
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